terça-feira, dezembro 11, 2007

Vampiros...


Hoje vi um documentário na RTP2 sobre os vampiros, criaturas odiadas por uns, amadas por outros... O objectivo era tentar verificar se existiram ou foram alvo de impulação popular. assim sendo, perante a análise de notícias dos jornais, do contexto de saúde e de conhecimentos científicos da altura, pode-se colocar uma nova hipótese.

Os jornais da altura, referiam que muitas pessoas morriam porque eram "consumidas", no entanto os sintomas descritos nesses jornais, enquadram-se hoje na tuberculose pulmonar. A pessoa fica pálida, com diminuição do apetite, dificuldade em respirar e em se mobilizar. Durante a noite pioravam, pois ao estarem deitadas existia uma acumulação de água, ar e de sangue ao nível pulmonar, agravando os sintomas...

Como o vampiro é um familiar que morreu e que ataca os seus familiares (segundo o mito popular), os populares desenterravam os cadáveres e, sem conhecer os processos fisiológicos de decomposição, achavam que o cadáver não estava morto pois:

  1. as unhas, cabelos e pêlos faciais estavam maiores - o que resulta da decomposição dos tecidos que estão debaixo da pele, o que desta forma leva a que a pele vá enrugando dando a ilusão de que cresceram... mas na verdade não existem tecidos para suportar a própria pele;
  2. o tórax e face estão inchados - deve-se à acumulação de gases que resultam da decomposição, dando a ilusão de que sofrem do pecado da gula;
  3. gemidos e sopros vindos do cadáver - resulta da saída dos gases referidos acima através das vias respiratórias, o que provoca um som grutural, dando a ilusão de que realmente estava vivo aquando o espeto da estaca no coração (pois é uma das formas de matar os vampiros);
  4. vestígios de sangue na boca - durante o processo de decomposição, o corpo vai ficando mais líquido, sendo assim natural que estes escapem pelos orifícios naturais do corpo, o que dava a ilusão de que o cadáver andava a alimentar-se;
Quando já não havia coração para colocar a estaca, os ossos das pernas eram partidos e eram colocados no tórax. Desta forma, o cadáver não teria forma de andar no mundo dos vivos.


Fonte da imagem: http://www.kboing.com.br/papeldeparede/m_papeldeparede.php?papel=3937vampiro

2 comentários:

mik@ disse...

ola
obrigado pela tua visita :)
bem esses documentários são espectaculares. também já vi um sobre lobisomens... sabes que o problema estava na colheita de trigo da região mediterranea... lol tinha um fungo que fazia as pessoas terem alucinações e comportamentos mais estranhos :)e depois juntando as superstições da época... deu nesses mitos.

Miguel disse...

pois são!

e pensar que as personagens que mais pesadelos dão à humanidade podem ter surgido devido a interpretações erradas de fenómenos naturais...

no mesmo documentário, sugeriram que a crença dos vampiros serem sensíveis à luz solar, poderá ter surgido dos portadores de uma doença muito rara e pouco conhecida na altura: a porfiria, na qual os doentes ficam com queimaduras graves com o contacto da pele com a luz solar...